Milei fala em 'operação de inteligência ilegal' para desestabilizar governo após escândalo envolvendo sua irmã
Javier e Karina Milei REUTERS/Agustin Marcarian O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que o escândalo envolvendo sua irmã não passa de uma "operação de inteligência ilegal" para desestabilizar seu governo na rede social X nesta segunda-feira (1º). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Milei compartilhou um post feito pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, revelando que o governo federal entrou na Justiça contra as gravações que vazaram na imprensa e denunciam um suposto esquema de propina envolvendo Karina Milei. "O governo apresentou uma queixa à Justiça Federal por uma operação ilegal de inteligência com o objetivo de desestabilizar o país em plena campanha eleitoral. Conversas privadas entre Karina Milei e outras autoridades foram gravadas, manipuladas e disseminadas para influenciar o Poder Executivo. Não foi um vazamento. Foi um ataque ilegal, planejado e direcionado", afirma o post. Initial plugin text Entenda a crise Escândalos expõem pesadelo de Milei antes de importantes eleições na Argentina O escândalo envolvendo áudios vazados, acusações de corrupção e rachas interno vem atingindo a alta cúpula do governo da Argentina desde a semana passada, e respingando no presidente do país, Javier Milei. O escândalo começou na semana passada, com o vazamento para a imprensa de um áudio gravado por um ex-aliado de Javier Milei, acusando a irmã do presidente, Karina, de corrupção. E foi reaquecido nesta na quarta-feira (27), com novos áudios sobre um suposto esquema de propina foram divulgados. Braço direito do irmão, Karina Milei é secretária-geral da Presidência na Argentina. Segundo a denúncia feita por Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis) —demitido um dia depois da divulgação do caso—, ela e o subsecretário de gestão institucional do governo, Eduardo "Lule" Menem, estariam cobrando propina de indústrias farmacêuticas para compra de medicamentos para a rede pública. "Estão roubando. Você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os WhatsApp de Karina", acusa Spagnuolo. Nesta quarta, após dias sem se pronunciar diretamente sobre o assunto, Javier Milei defendeu a irmã e disse que as acusações contra ela são "mentirosas" em entrevista ao canal argentino C5N. Um dia antes, ele fez sua primeira aparição pública depois do escândalo e estava ao lado de Karina. "Tudo o que ele diz é mentira, vamos levá-lo à Justiça e provar que mentiu", afirmou. Javier e Karina Milei sorridentes lado a lado Oficina del Presidente / YouTube / Divulgação A polêmica tem potencial de impactar a governabilidade de Milei, porque expõe o presidente a duas semanas das eleições para a província de Buenos Aires e a dois meses das eleições legislativas na Argentina. Os índices de aprovação de Milei, que já vinham caindo nas últimas semanas, tiveram uma queda ainda maior devido às suspeitas envolvendo a alta cúpula de seu governo. Nesta quarta-feira, ele foi alvo de um ataque durante uma carreata em Buenos Aires e teve que ser retirado às pressas do local. LEIA TAMBÉM: Milei demonstra apoio a irmã e posa sorridente a seu lado em 1ª aparição pública após denúncias de propina contra ela Derrotas no Congresso e escândalos expõem pesadelo de Milei antes de importantes eleições na Argentina A seguir, entenda o caso:


Javier e Karina Milei REUTERS/Agustin Marcarian O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que o escândalo envolvendo sua irmã não passa de uma "operação de inteligência ilegal" para desestabilizar seu governo na rede social X nesta segunda-feira (1º). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Milei compartilhou um post feito pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, revelando que o governo federal entrou na Justiça contra as gravações que vazaram na imprensa e denunciam um suposto esquema de propina envolvendo Karina Milei. "O governo apresentou uma queixa à Justiça Federal por uma operação ilegal de inteligência com o objetivo de desestabilizar o país em plena campanha eleitoral. Conversas privadas entre Karina Milei e outras autoridades foram gravadas, manipuladas e disseminadas para influenciar o Poder Executivo. Não foi um vazamento. Foi um ataque ilegal, planejado e direcionado", afirma o post. Initial plugin text Entenda a crise Escândalos expõem pesadelo de Milei antes de importantes eleições na Argentina O escândalo envolvendo áudios vazados, acusações de corrupção e rachas interno vem atingindo a alta cúpula do governo da Argentina desde a semana passada, e respingando no presidente do país, Javier Milei. O escândalo começou na semana passada, com o vazamento para a imprensa de um áudio gravado por um ex-aliado de Javier Milei, acusando a irmã do presidente, Karina, de corrupção. E foi reaquecido nesta na quarta-feira (27), com novos áudios sobre um suposto esquema de propina foram divulgados. Braço direito do irmão, Karina Milei é secretária-geral da Presidência na Argentina. Segundo a denúncia feita por Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis) —demitido um dia depois da divulgação do caso—, ela e o subsecretário de gestão institucional do governo, Eduardo "Lule" Menem, estariam cobrando propina de indústrias farmacêuticas para compra de medicamentos para a rede pública. "Estão roubando. Você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os WhatsApp de Karina", acusa Spagnuolo. Nesta quarta, após dias sem se pronunciar diretamente sobre o assunto, Javier Milei defendeu a irmã e disse que as acusações contra ela são "mentirosas" em entrevista ao canal argentino C5N. Um dia antes, ele fez sua primeira aparição pública depois do escândalo e estava ao lado de Karina. "Tudo o que ele diz é mentira, vamos levá-lo à Justiça e provar que mentiu", afirmou. Javier e Karina Milei sorridentes lado a lado Oficina del Presidente / YouTube / Divulgação A polêmica tem potencial de impactar a governabilidade de Milei, porque expõe o presidente a duas semanas das eleições para a província de Buenos Aires e a dois meses das eleições legislativas na Argentina. Os índices de aprovação de Milei, que já vinham caindo nas últimas semanas, tiveram uma queda ainda maior devido às suspeitas envolvendo a alta cúpula de seu governo. Nesta quarta-feira, ele foi alvo de um ataque durante uma carreata em Buenos Aires e teve que ser retirado às pressas do local. LEIA TAMBÉM: Milei demonstra apoio a irmã e posa sorridente a seu lado em 1ª aparição pública após denúncias de propina contra ela Derrotas no Congresso e escândalos expõem pesadelo de Milei antes de importantes eleições na Argentina A seguir, entenda o caso: